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quarta-feira, 19 de março de 2014

Genro relembra fala de Bin Laden após 11 de Setembro

Em um depoimento inesperado, como testemunha em um tribunal durante um júri no qual é também o próprio réu, um dos genros de Osama Bin Laden Sulaiman Abu Ghaith deu detalhes à corte sobre a arquitetura dos atentados terroristas aos EUA de 11 de setembro de 2001 e as intenções de Bin Laden (morto em 2011) com o episódio.

O caso aconteceu nesta quarta-feira (19), em Nova York.
Abu Ghaith contou que naquela noite recebeu uma mensagem de Bin Laden pedindo que ele fosse até uma área montanhosa do Afeganistão para um encontro com o líder da Al Qaeda, que aconteceu, segundo ele, dentro de uma caverna.
E relatou parte da conversa que teve com Bin Laden. O testemunho de Abu, um kuwaitiano de 48 anos, foi traduzido do árabe por um intérprete.
"Você entendeu o que aconteceu? Só nós fizemos isso [com os EUA]", relembrou, sobre o que teria ouvido do então líder da Al Qaeda.
Ainda de acordo com Abu Ghaith, Bin Laden o questionou sobre o que ele achava que aconteceria em seguida, ao que respondeu: "a América não vai descansar até matar você e destruir o Taleban", ouviu de Bin Laden: "Você está sendo pessimista", contou.
Abu Ghaith é réu em um julgamento que apura a participação dele em atos de conspiração para matar americanos e acusado de ser porta-voz da Al Qaeda. A decisão de testemunhar no próprio júri foi de Abu e comunicada à Justiça pelo advogado Stanley Cohen.

Convite para porta-voz da Al Qaeda

Em depoimento, ele contou ainda que foi nesta época, logo após os atentados de 11 de setembro, que recebeu o convite, do próprio Osama Bin Laden, para ser o porta-voz da Al Qaeda (quando não o próprio Bin Laden, era Abu Ghaith quem costumava aparecer em vídeos da rede divulgados pela Tv árabe "Al Jazeera", geralmente com mensagens de ameaças ao Ocidente).
"Eu quero entregar uma mensagem ao mundo... E quero você para ser esse porta-voz", relata Abu sobe o que ouviu de Bin Laden.
Segundo Abu, o primeiro encontro com o líder da Al Qaeda aconteceu em junho de 2001, por iniciativa dele próprio, conforme relatou ao júri: "tinha um sério desejo de conhecer o novo governo islâmico no Afeganistão".

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