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sexta-feira, 7 de março de 2014

Roseana Sarney não tem convicção sobre a renúncia, diz Arnaldo Melo


“O que eu observo é que a governadora Roseana não tem convicção se deve ou não renunciar ao mandato. Mas acredito que ela é uma pessoa que sempre sabe decidir as coisas na hora certa, que ela saiba se deve sair e comunicar aos amigos e avaliar qual será o melhor caminho para o seu grupo
, que é muito grande, possui homens e mulheres valorosos, porque, a partir da decisão dela, vão se desencadear outras decisões”.
Arnaldo Melo disse que nunca falou algo para não cumprir, e recomendou pesquisar sua história como parlamentar para ver que ele nunca disse uma coisa para não cumprir, mesmo nos momentos mais difíceis. “Eu sou homem de compromisso; se acertar alguma coisa com alguém eu cumpro. O que eu quero dizer com isso? Se eu assumir mandato tampão ou qualquer coisa de acordo com o meu grupo eu cumpro. Não tenho interesse em ser governador para não cumprir. Eu digo sempre: a Assembleia é maior que meu mandato e o meu mandato é maior do que eu. Portanto, se eu acertar com o grupo eu cumpro e tenho certeza que o que eles acertarem comigo cumprirão também”, observou.
Na conversa descontraída, o dirigente do legislativo defendeu a candidatura de Roseana ao Senado, por considerá-la um bom nome, uma liderança muito bem articulada em Brasília que daria, segundo ele, uma grande contribuição ao Estado. “Essa é minha opinião pessoal; agora, ela (Roseana) tem umas questões de ordem pessoal que tem que resolver. Eu sei que a grande maioria do grupo político acha que ela deve ser candidata, mas a gente precisa respeitar as questões de fórum íntimo da pessoa; afinal de contas, essa senhora já foi deputada federal, senadora, governadora quatro vezes. É realmente uma sobrecarga muito grande que ela conduz, no sentido político; portanto, a ela cabe essa decisão. Mas eu vejo isso com naturalidade.Na hora que ela decidir me chamar para conversar eu estou pronto para conversar, sou um homem de diálogo, mas de posição”.
Disse ainda Arnaldo Melo que o secretário e pré-candidato ao governo, Luís Fernando Silva, também nunca conversou com ele sobre processo de eleição indireta. “Certa vez conversamos rapidamente e ele me disse que se eu assumisse poderia ajudá-lo e eu reiterei que se eu assumisse o governo ele poderia contar comigo para ajudar na campanha naquilo que eu puder, mas não tratou de eleição indireta aqui. Aliás, sobre esse assunto, as únicas pessoas com quem eu trato são os deputados, que são os eleitores”, enfatizou.
Arnaldo esclareceu ainda que não existe a história de inelegibilidade, caso assuma o cargo e seja obrigado a voltar para o Poder Legislativo porque a governadora não se desincompatibilizou, ontem, dia 6 de março. “No caso de um deputado assumir, a partir de ontem, ele teria apenas 29 dias para realizar a eleição a não ser que ele vá e não tenha interesse em realizar eleição indireta antes do trigésimo dia. Mas tudo isso é especulação porque não se pode dar um passo sobre esse projeto em razão de ser uma decisão unilateral da governadora e ela até hoje não manifestou a decisão de disputar o Senado”.
Melo aproveitou a conversa com os jornalistas para repor ‘informações distorcidas’ que teriam sido atribuídas a ele sobre, por exemplo, que a  Resolução Legislativa que vai regulamentar a eleição indireta somente será apresentada caso a governadora decida renunciar. “Eu nunca disse isso, mesmo porque quando ela renunciar, se não tiver Resolução, fica o vazio. O que eu disse é que nós só vamos colocar uma Resolução para regulamentar a eleição indireta no momento que a governadora decidir que vai sair e comunicar ao seu grupo que pretende disputar o Senado. A partir daí é que nós vamos discutir a votação da Resolução que regulamenta a lei. No momento que ela decidir nós apresentaremos a Resolução dentro de um prazo que respeite a lei anterior, que prevê 30 dias para a execução da eleição indireta”.
O presidente observou ainda que já viu analista colocando que ele ficou em situação desconfortável pelo fato da governadora não ter renunciado dia seis de março, mas disse que tudo não passa de falta de informação. “Eu estou muito tranquilo como deputado estadual, como presidente da Casa, sou candidato natural a deputado estadual, porém estou na linha sucessória. Não fui eu quem colocou isso na Constituição, e nós juntos aqui politicamente acertamos que iríamos votar no vice-governador para o Tribunal de Contas do Estado; portanto, hoje, na ausência da governadora eu a substituo, então eu me sinto muito tranqüilo”.
Ao final da entrevista, o jornalista Jorge Vieira, do JP, perguntou se o jogo não já estava jogado desde que o vice-governador foi convencido a assumir a vaga no TCE e por que o projeto original de eleger Luís Fernando indiretamente não funcionou. Arnaldo respondeu: “Eu não vejo desta maneira. Não vejo assim porque eu nunca ouvi a governadora dizer ‘eu sou candidata a senadora’. Então, quando o vice foi para o TCE gerou uma expectativa de que ela poderia sair e se saísse o presidente da Assembleia assumiria e faria a eleição indireta em 30 dias para consolidar o nome dele para o restante do mandato ou fazer a eleição em que qualquer cidadão maranhense possa participar de acordo com a legislação eleitoral”, concluiu o presidente do Poder Legislativo.

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